quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

45 segundos


Antes de partir foi preciso treinar o posicionamento do corpo, caso contrário nossa vida estaria em risco. Meu coração acelerou tanto que o intervalo entre uma batida e outra era quase nulo. Não pensava em mais nada, a não ser no que estava preste a fazer, o sentimento era uma mistura de medo e euforia.

A decolagem foi tranqüila, o avião atingiu uma altura de 12 mil pés, quase 4 mil metros. O vento é intenso, assim como o barulho do motor da aeronave, os ganchos foram fixados, as últimas instruções são passadas e então chega o momento de se lançar ao céu, uma experiência única que seria difícil explicar em palavras.

Depois de algum tempo fiquei pensando como aquilo surgiu, quem teria inventado? E para minha surpresa descobri que as pessoas já se atiravam por aí há centenas de anos. Claro que o risco era bem maior, mas este era o preço que o limitado ser humano estava disposto a pagar para voar, mesmo que por alguns instantes.




Para a nossa sorte, nos dias de hoje saltar de pára-quedas é algo bem acessível, você não precisa se alistar no exército ou abandonar sua rotina para ingressar em algum clube, basta dirigir-se a alguma escola de pára-quedismo. Um salto duplo, totalmente seguro, custa a partir de R$ 270,00 e você ainda pode integrar no pacote a filmagem e fotos do salto.

O município de Boituva, no interior de São Paulo, é conhecido internacionalmente por ser o maior centro de pára-quedismo da América Latina. Se você quer dar um salto em sua vida ou presentear alguém com essa experiência, visite o site www.paraquedismoboituva.com.br

Fernando R Mason

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Você é o seu Destino


Minha nutricionista disse que a pessoa é o que ela come.
James Allen lançou um livro com o título “Você é o que você pensa”.
O gerente do meu banco não disse, mas sei que pensa que nós somos o que temos.
Júlia, minha amiga, sempre diz que somos o que vestimos.
Bom, deixa-me parar porque já está virando palhaçada.

O ponto que eu quero chegar é o seguinte: há muitas formas de se analisar uma pessoa, estas formas podem ser eficientes ou não, foi então que percebi que muito pode se dizer de alguém se averiguar os lugares que uma pessoa vai ou pelo menos gostaria de ir.

Quando uma amiga minha diz que vai à praia e eu pergunto qual, a resposta vem bem pronunciada quando o destino é o litoral norte ou outro estado como Rio de Janeiro ou Santa Catarina, por outro lado, chega a ser difícil de ouvir quando o destino é a Praia Grande, um ligeiro desânimo parece tomar conta da pessoa que até se encolhe um pouco.

Na época da faculdade, lembro que o pessoal sempre conversava sobre os lugares que foram, iriam ou gostariam de ir. A grosso modo, iam para os Estados Unidos àqueles que queriam ganhar mais dinheiro do que gastar com a viagem, aliado a idéia de vivenciar o que é o desenvolvimento do primeiro mundo. Para a Europa viajavam os amantes do valor histórico e cultural do velho continente, era o destino de maior glamour entre as escolhas. Os mais aventureiros, geralmente com traços de esquerda política, não falavam em outro destino senão América Latina, desde o México até Ushuaia.

Percebo que as pessoas com mais idade vêem a viagem como recompensa do trabalho, o destino será um período de consumo e descanso, enquanto os jovens buscam uma auto-realização no seu destino. Temo com o dia em que meu filho me diga que está indo para São Tomé das Letras. No meu tempo os cogumelos já eram atrativos a uma parcela dos jovens.

Inocente é quem diz que viaja por uma motivação totalmente livre, algo que surge lá do coração. A verdade é que estamos preocupados com a nossa imagem o tempo todo, os destinos contemplam não apenas o nosso prazer, mas nossa posição política, conduta social, poder econômico, capacidade intelectual e acúmulo cultural. O destino pode ser apenas uma válvula de escape, mas penso que na maioria das vezes a viagem busca provar aos outros, ou até a nós mesmos, o que somos.

Luciana Lauben

sábado, 9 de janeiro de 2010

Dica do Final de Semana

TEATRO

O Pato Selvagem
Um fotógrafo vive com sua mulher, sua filha e seu pai em um lar cercado de meias-verdades. Até que um amigo de infância reaparece para revelar a parte escondida das verdades que sustentam as relações desta pequena família. (Outros)
Direção: cia. Les Commediens Tropicales
Com: Carlos Canhameiro, Daniel Gonzalez, Jonas Golfeto e outros
Duração: 85 minutos
Classificação: 14 anos
Texto: Henrik Ibsen

Sesc Santana Teatro
Av. Luiz Dumont Villares, 579 - Santana - Norte. Telefone: 2971-8700.
Ingresso: R$ 4 a R$ 16.
Sábado às 21h e Domingo às 19h30

SHOW

Rosas de Ouro
Fundada na década de 1970, a escola paulistana promove seus ensaios na região norte até 3 de fevereiro. (Samba)
Duração: 240 minutos
Classificação: Livre

Escola de Samba Rosas de Ouro
R. Cel. Euclides Machado, 1.066 - Jardim das Graças - Norte. Telefone: 3931-4555.
Ingresso: R$ 10 (dom.) e R$ 20 (qua. e sex).
Dia 10 às 20h.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Eu me Fe..., digo, Formei em Turismo


Os anos foram passando depressa, foram três na pré-escola, mais oito no ensino fundamental e depois mais três no ensino médio. Chegou o momento que eu teria minha primeira grande escolha e, ao contrário de algumas colegas, não tinha claro em minha mente qual profissão gostaria de seguir, nunca sonhei em ser professora, veterinária ou atriz de cinema, mas lá estava eu, uma jovem adulta no trampolim da vida.

Depois de navegar em alguns sites, além dos folders e manuais das universidades, fiquei encantada com o curso de Turismo. O que poderia ser melhor? Afinal, seria um sonho trabalhar com viagens, seria algo tranqüilo, emocionante e prazeroso. Estava convicta que tinha nascido pra isso.

O curso não é dos mais caros, nem dos mais difíceis de cursar. As primeiras disciplinas foram bastante encantadoras, já os anos seguintes não trouxeram muitas surpresas, nos últimos meses de aula já tinha constatado que a diversão era só mais um negócio, assim como fazer próteses dentárias ou vender seguro de vida.

No decorrer do curso estagiei numa agência de turismo, ganhava um salário mínimo, mais transporte e alimentação. Atende telefone, faz reserva, rotina daqui, rotina dali, começava minhas primeiras avaliações sobre a decisão de ser turismóloga.

Formei-me a dois anos, continuo trabalhando na área, constatei que as pessoas com cargos equivalentes ou superiores ao meu podem ter ou não formação na área, não é exagero dizer que a formação em turismo foi um detalhe. Aliás, acredito que nem os ministros do turismo chegaram perto de alguma disciplina de turismo.

Na busca por ascensão me desanimo. Vejo que muitas empresas se baseiam numa estrutura familiar, outras são guiadas por investidores e os funcionários da base não sabem dizer nem quem é o seu patrão, já o setor público está inchado por gente com Q.I.

Enfim, acho que chegou o momento da segunda escolha importante. Dentre as opções, penso em ir pra área acadêmica e dar aula de turismo, incentivar uma grande turma de alunos a fazerem algo que nem eu quis fazer; a segunda opção consiste em dar uma nova chance a mim mesma na escolha de uma nova graduação; e a última, é apaziguar meu coração e continuar com a minha rotina e com os R$ 1.175,00 no final do mês.

Viviane B. Agnelli

sábado, 2 de janeiro de 2010

No Donut For You


Olá caros navegantes! Esperamos que todos vocês tenham vivenciado uma agradável transição para 2010, além disso, desejamos que todas as suas expectativas sejam alcançadas nesse ano novinho.



Tão novo quanto o ano, o LAZEReTURISMO.com será inaugurado oficialmente na próxima segunda-feira, dia 4. De início, publicaremos três textos por semana.


Não deixe de acompanhar nossas publicações, diversas dicas e reflexões serão postadas aqui especialmente para você.



Atenciosamente,

Equipe Editorial